sábado, 23 de agosto de 2014

As medidas de... ... Paulo Afonso!



Entrevistámos o Paulo Afonso, vocalista dos Alfaiates à Porta da nossa Alfaiataria. Estava contentinho. Talvez fosse porque ia cantar a seguir, talvez fosse porque o barman brasileiro lhe servira um Porto de dose reforçada. Enfim...           ... temos que disciplinar o barman...


A - Então do início, nasces onde pá e o que é que andaste a fazer entretanto?

P - Olha, nasci na parideira nacional em Março de 76 e fui logo para Campolide onde estive os trinta anos seguintes.

A - Sais de casa dos paizinhos aos trinta, então?

P - Sim, tinha traçado esse como o meu limite.

A - E pelo meio?

P - Sei lá, já me esqueci. Olha eu queria ser piloto. Mas depois o meu pai tentou meter a cunha a um contacto na Força Aérea e lá me destruíram o sonho. "Filho, esquece, és caixa de óculos..."

A - E depois?

P - Depois quis ir para desporto e desta vez foi a candidatura que me deu cabo do sonho. Não tive média. Entrei na terceira opção. Engenharia do ambiente, aquelas coisas que escrevemos lá no formulário porque tem que ser mas não queremos realmente. Mas fui. Dois anos a passear os livros e às tantas tive pudor de ser sustentado pelos pais e desisti.



A - Arrependes-te?

P - De largar aquele curso em concreto, não! E fui para a TMN e estou até hoje nas Telecomunicações.

A - E a música.

P - A música surge entretanto na faculdade. Não, espera, foi antes. Foi com 17 anos que tive a minha primeira grande influência como cantor. Mas se eu te disser é off record, prometes?

A - Sim, é sigilo.

P - Pois bem, foi o Michael Bolton. O primeiro tipo marcante em como usar a voz.

A - Opá sendo assim não sei se vou conseguir manter o sigilo...

P - Ok, mas tinhas dito...

A - Tinha era um facto, mas é bom demais, compreenderás...           ... olha e alguma vez tiveste uma permanente igual ao Michael Bolton?

P - Isso não. Mas usei cabelo comprido. Mas era fraquinho. Fiquei careca cedo. Aos 22 anos comecei a perder cabelo.

A - Mas vamos de novo à música. Falaste da faculdade.



P - Sim conheci aquele que foi meu parceiro muitos anos e com quem construi o percurso até há pouco tempo divergirmos.  Fomos primeiro These Side, depois Volvo Laranja e depois amadurecemos como "Deus dos Cães". Mas as pessoas entravam e saíam e nós eramos o fio condutor.

A - Opá, desculpa lá voltar atrás de novo. Mas disseste 76. És peixinho? És mesmo?

P - Sou mesmo. Com aqueles traços todos passionais à flor da pele. Há é peixes gordos e eu sou peixe magrinho. Mas sou!

A - Ok, retomemos. Íamos em Deus dos Cães...

P - Sim foi muito bom. Muita pica, muitas noites. Marcante. Mas terminou. Terminou e surgem os Alfaiates. Pá, um convite que eu não esperava do Pedro e em boa hora aceitei porque me surpreendeu o grupo formado. Um projeto muito sintonizado e em que sinto que não sou o único a puxar. Estou com boas expetativas do que estamos a montar.

A - E o que é que achas que os Alfaiates vão oferecer ao público?

P - Epá, algo que eu diria chic, não é chic formal mas com gosto, sabes? Mas ao mesmo tempo meio desbunda!

A - Ah, palhaços chics!

P - Não! Palhaços, não! Mas o grupo tem química a tocar junto. E depois temos o Rui. Eu canto, mas não sou um entertainer, o Rui é. Eu canto e o gajo conta histórias e eu que sei o ambiente que se está a criar na sala lá em baixo. Epá, estou com expetativas.

A - Então vai correr bem?

P -Epá, sei lá! Isso pergunta-me no fim!


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